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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

POEMA AO LIVRO E À BIBLIOTECA DO RUI DÓRIA

O LIVRO

Quando nascemos,
Deus nos dá um livro
É o livro da Vida
Onde cada um escreve
Sua própria história
Aí você vai crescendo...
E esse livro vai sendo
Preenchido,
Página por página
E os anos vão se passando
E você começa a folhear
As páginas já escritas
Começa a ver
Seus personagens favoritos
Desfilando diante de seus olhos
Vê também personagens
Que nem deveriam estar ali
Mas que, de alguma forma,
Fizeram você escrever
Páginas de outras formas...
Aí você vê páginas coloridas
Com dias de sol
Páginas nubladas
Com dias de chuva
Páginas amareladas
Com a ação do tempo
E páginas branquinhas
Esperando que você continue
A escrever...
Sua própria história!

Em 2009, passei uma temporada na biblioteca do colégio Rui Rodrigues Dória, em Santana, prestando um trabalho voluntário, organizando o acervo. Durante este período me senti privilegiada por estar cercada de riquíssimas obras literárias. Daí, tudo me era inspirador... e o resultado foi o poema abaixo...


A BIBLIOTECA DO RUI DÓRIA

Ah, que dias magníficos
Horas preciosas que desfrutei
Em meio ao acervo de ouro
Fui descobrindo um grande tesouro
Descobri meu novo “eu”
Palavras, sonetos, cordéis
Aventuras, ficções e romances
Arte, como fazes parte
Do meu dia-a-dia enfim
Música, poesia
Ah, que privilégio, eu diria
Passar dias de férias perdida aqui
Obras lidas e relidas
Obras pouco conhecidas
Mas obras da minha vida!
Ao me deparar com suas capas
Viajava, só de imaginar
As horas e anos que o autor
Passou incansavelmente a pesquisar
Para então, com muito amor
Nessas obras condensar
O essencial, o indispensável
Para, com prazer
Eu agora desfrutar.
Biblioteca deveria ser obrigatória
No curriculum escolar
Todo aluno deveria ter o “castigo”
De algumas horas, aqui ter de ficar
Muitos nem imaginam
O sentido mais profundo
É dentro de uma biblioteca
Que se pode descobrir o mundo!


LIVRO, PRA QUÊ TE QUERO

Eles me acompanham desde que nasci...
Enquanto ainda não sabia ler
Eles esperavam por mim...
Quietos, calados, num canto da casa
Quando comecei no B-A-BÁ
Eles começaram a se exaltar
Esperando pelo dia
Em que seriam descobertos
Aí veio um mal-estar
Fiquei de cama, sem nada a me ocupar
Escolhi um que estava empoeiradinho,
Abri... e começamos a conversar!
Nossa conversa foi longa
Tínhamos o dia todo livre naquele quarto.
Ele falava, eu ouvia
Aí me cansava
Ele se calava e me esperava sem cansar,
Até que eu falasse com ele de novo
E assim passamos o dia juntos
Ele me distraía enquanto eu me curava
Ao final de nossa conversa
Eu fiz uma declaração:
- Te amo, Não posso mais viver sem ti!
Desde então, passaram-se 30 anos
E os livros sempre me acompanham
Não gosto de ficar só
Tenho sempre um amigo desses
Escolhido a dedo
Junto à mim, falando comigo,
Me aconselhando, instruindo e me esperando...
Nunca mais perdi tempo
Esse amigo está sempre falando
Quando quero ouvir
E repousa quando quero pensar...                                

Autor: Sonya Mello


Um comentário:

  1. Sonia querida.
    Sim livros são nossos melhores amigos. Nada nos cobram, nada nos pede, mas nos enriquece, nos agiganta em conhecimento, em sabedoria, em profundidade. Dão-nos expressão verbal, oral, tornam-nos partícipes da sociedade, tornam-se livres na mobilidade de entrar e sair. Também amo sobremaneira o livro, aliás, poderia ser melhor, sou bibliotecária e o viver entre livros tornou-me o próprio livro, quando digo que nasci entre livros, entre livros me criei, entre livros me formei, entre livros me tornei e hoje, contudo, não há como separar o livro sou eu! Linda sua manifestação sobre o livro. Obrigada pela sua amizade, pelas suas palavras em meus blogs. Obrigada pelo seu poema que fala lindamente sobre Seda, o qual já se encontra em meu blog http://www.retalhosdeleituras.blogspot.com/. Um forte abraço e que a paz do Senhor lhe cubra de bençãos sempre mais e mais. / Inajá

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